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Constrangimento do Preso

Rompendo Correntes Injustas: Entenda Como o Artigo 13 da Lei 13.869/2019 Protege a Liberdade dos Cidadãos e Enfrenta o Abuso de Autoridade

Vivemos em um tempo onde é fundamental entender os limites legais que regem nossas instituições. Uma das garantias mais importantes que possuímos em nossa sociedade é a liberdade pessoal. Contudo, em diversas situações, pessoas têm essa liberdade cerceada indevidamente. O Artigo 13 da Lei 13.869/2019, conhecido como Lei de Abuso de Autoridade, surge como um instrumento legal crucial para combater tais práticas. É a essa intricada e importante questão que nos voltaremos agora.

O Texto Legal

O texto do Artigo 13 da Lei 13.869/2019 declara:

” Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a:

I – exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública;

II – submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei;

III – (VETADO).  

III – produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro:        (Promulgação partes vetadas)

Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência.”

A redação é concisa, mas seu significado é bastante profundo, já que lida com o direito mais fundamental do ser humano: a liberdade, além de sua imagem e honra. Estar preso é algo grave para a nossa sociedade e deve ser utilizado de forma limitada em casos graves e necessários.

Direitos do Preso

É crucial que, ao discutirmos o Artigo 13 da Lei 13.869/2019, também abordemos os direitos daqueles que podem ser mais diretamente afetados por ele: os indivíduos privados de sua liberdade. Apesar de estarem sob custódia do Estado, essas pessoas não perdem seus direitos fundamentais. Afinal, a Constituição Federal prevê que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”.

Algumas garantias essenciais que todo preso possui incluem:

Direito à vida e à integridade física e moral: Ninguém pode ser submetido a tortura ou a tratamento desumano ou degradante. Qualquer forma de violência é inaceitável.

Direito à assistência jurídica: Se o acusado não tiver recursos para contratar um advogado, o Estado deve fornecer um defensor público.

Direito à saúde: O preso tem direito a atendimento médico, incluindo tratamento psicológico e psiquiátrico.

Direito à comunicação: O preso tem direito de se comunicar com sua família e seu advogado.

Direito à alimentação: O preso tem direito à alimentação adequada e suficiente.

Direito de não ser submetido a pena cruel: As penas devem respeitar a dignidade humana, não sendo permitidas penas cruéis ou desumanas.

É importante salientar que, caso um preso se sinta lesado ou perceba que seus direitos não estão sendo respeitados, ele pode e deve denunciar a situação às autoridades competentes ou a organizações de direitos humanos. Além disso, o Artigo 13 da Lei 13.869/2019 também serve como um instrumento de proteção contra eventuais abusos.

Portanto, mesmo diante da privação da liberdade, todos os indivíduos possuem direitos que devem ser respeitados. Quando esses direitos são violados, o sistema legal brasileiro fornece mecanismos para buscar reparação e justiça.

Opinião de Autores Famosos do Direito Penal

Autores renomados do direito penal, como Rogério Sanches Cunha, têm sublinhado a importância desta legislação na prevenção do abuso de poder e na preservação do Estado de Direito. Para Cunha, a Lei de Abuso de Autoridade tem um papel crucial para garantir que as autoridades não usem seu poder de maneira indevida, cerceando a liberdade do indivíduo sem fundamentação legal.

Outro jurista proeminente, Guilherme de Souza Nucci, também defende a essencialidade dessa lei. Segundo ele, esta norma é um elemento essencial para limitar o poder do Estado e garantir que ele seja exercido dentro dos limites da lei.

Conclusão

A compreensão do Artigo 13 da Lei 13.869/2019 é um passo importante para enfrentarmos o abuso de autoridade no Brasil. Este artigo, que pune a ofensa aos direitos do preso no Brasil, é uma arma crucial na luta por justiça e respeito aos direitos humanos.

Todos os cidadãos têm o direito de viver livremente, desde que respeitem as leis. Quando esse direito é violado por aqueles que deveriam protegê-lo, temos não apenas um problema jurídico, mas também moral. A conscientização sobre essas questões é o primeiro passo para uma sociedade mais justa e equânime.

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Decretar Prisão contra a Lei

O que acontece se o Juiz decretar a Prisão contra a Lei?

O sistema penal brasileiro é um tema de grande relevância para a sociedade, já que se trata das normas que regem a punição daqueles que cometem crimes. A legislação penal tem como objetivo garantir a proteção dos direitos individuais e coletivos, bem como a efetivação do princípio do Estado Democrático de Direito.

O Artigo 9º da Lei 13.869/19 é um dispositivo fundamental da legislação penal brasileira, pois trata da privação de liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais. A desobediência às regras previstas no dispositivo pode levar a punição com detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.

Diversos juristas e estudiosos do direito penal possuem opiniões diferentes sobre o Artigo 9º da Lei 13.869/19, que trata da privação de liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais. De acordo com Afrânio Silva Jardim, juiz de direito e professor de direito penal, o dispositivo tem o objetivo de punir o abuso de poder e a ilegalidade na decretação da prisão cautelar, com o intuito de coibir a utilização da prisão como forma de antecipação da pena e de pressão psicológica sobre o investigado ou acusado.

Já para Luiz Flávio Gomes, jurista e professor de direito penal, o dispositivo é de grande importância para evitar que a prisão preventiva seja utilizada para fins indevidos, como a extradição, a deportação ou a expulsão de estrangeiros. Ambas as opiniões são relevantes e mostram como o Artigo 9º da Lei 13.869/19 é um importante mecanismo de proteção dos direitos individuais e do Estado Democrático de Direito.

A prisão preventiva é uma medida excepcional que deve ser fundamentada em hipóteses legais. Aqueles que a decretam em manifesta desconformidade com a lei devem ser punidos, o que torna o Artigo 9º um importante dispositivo no combate aos abusos de poder no sistema penal brasileiro.

Além disso, a lei tem como objetivo garantir a proteção dos direitos individuais e coletivos, bem como a efetivação do princípio do Estado Democrático de Direito. A liberdade é um direito fundamental do ser humano e deve ser respeitada, por isso é necessário estar atento à aplicação correta do Artigo 9º da Lei 13.869/19. A desobediência às normas previstas neste artigo pode levar a graves punições, além de ferir os direitos fundamentais dos indivíduos.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) reforça a importância do Artigo 9º da Lei 13.869/19. Em 2019, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou que a prisão preventiva deve ser excepcional e fundamentada, e que sua decretação deve ser feita de acordo com a lei. Segundo ele, “a liberdade é a regra e a prisão preventiva é a exceção”. Essa posição do STF reforça a importância de se respeitar as normas previstas no Artigo 9º da Lei 13.869/19.

Por fim, é importante destacar que a privação de liberdade é uma medida extrema que deve ser utilizada somente em casos excepcionais e em conformidade com a legislação. A prisão preventiva não pode ser utilizada como forma de antecipação de pena ou de pressão psicológica sobre o investigado ou acusado. A justiça deve ser feita de forma imparcial e garantindo a proteção dos direitos humanos. A aplicação correta do Artigo 9º é fundamental para garantir a proteção dos direitos individuais e coletivos e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Portanto, a conscientização sobre as normas que regem o sistema penal brasileiro é fundamental para a construção de uma sociedade mais democrática e justa, onde os direitos humanos são respeitados e protegidos. A aplicação correta do Artigo 9º da Lei 13.869/19 é um importante passo nessa direção

Conclusão

O Artigo 9º da Lei 13.869/19 é um importante mecanismo de proteção dos direitos individuais e do Estado Democrático de Direito. A prisão preventiva é uma medida excepcional que deve ser fundamentada em hipóteses legais. Aqueles que a decretam em manifesta desconformidade com a lei devem ser punidos.

Portanto, é fundamental que a sociedade esteja atenta e cobre a aplicação correta da lei. Afinal, a liberdade é um direito fundamental do ser humano e deve ser respeitada. A desobediência às normas previstas no Artigo 9º da Lei 13.869/19 pode levar a graves punições, além de ferir os direitos fundamentais dos indivíduos. A aplicação correta do Artigo 9º é fundamental para garantir a justiça e a proteção dos direitos individuais e coletivos.

Além disso, é importante destacar que a privação de liberdade é uma medida extrema que deve ser utilizada somente em casos excepcionais e em conformidade com a legislação. A prisão preventiva não pode ser utilizada como forma de antecipação de pena ou de pressão psicológica sobre o investigado ou acusado. A justiça deve ser feita de forma imparcial e garantindo a proteção dos direitos humanos. A aplicação correta do Artigo 9º é fundamental para garantir a proteção dos direitos individuais e coletivos e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Por fim, é necessário destacar a importância de se garantir o acesso à informação e à justiça para todos os cidadãos. A conscientização sobre as normas que regem o sistema penal brasileiro é fundamental para a construção de uma sociedade mais democrática e justa, onde os direitos humanos são respeitados e protegidos.

Conclusão

O Artigo 9º da Lei 13.869/19 é um importante mecanismo de proteção dos direitos individuais e do Estado Democrático de Direito. A prisão preventiva é uma medida excepcional que deve ser fundamentada em hipóteses legais. Aqueles que a decretam em manifesta desconformidade com a lei devem ser punidos.

Portanto, é fundamental que a sociedade esteja atenta e cobre a aplicação correta da lei. Afinal, a liberdade é um direito fundamental do ser humano e deve ser respeitada. A desobediência às normas previstas no Artigo 9º da Lei 13.869/19 pode levar a graves punições, além de ferir os direitos fundamentais dos indivíduos. A aplicação correta do Artigo 9º é fundamental para garantir a justiça e a proteção dos direitos individuais e coletivos.

Além disso, é importante destacar que a privação de liberdade é uma medida extrema que deve ser utilizada somente em casos excepcionais e em conformidade com a legislação. A prisão preventiva não pode ser utilizada como forma de antecipação de pena ou de pressão psicológica sobre o investigado ou acusado. A justiça deve ser feita de forma imparcial e garantindo a proteção dos direitos humanos. A aplicação correta do Artigo 9º é fundamental para garantir a proteção dos direitos individuais e coletivos e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Por fim, é necessário destacar a importância de se garantir o acesso à informação e à justiça para todos os cidadãos. A conscientização sobre as normas que regem o sistema penal brasileiro é fundamental para a construção de uma sociedade mais democrática e justa, onde os direitos humanos são respeitados e protegidos.

Perguntas e Respostas

1. O que é o Artigo 9º da Lei 13.869/19?

R: É um dispositivo que pune a decretação de medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais.

2. Qual é a pena prevista para quem decretar medida de privação da liberdade em desconformidade com a lei?

R: Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

3. Por que é importante que as medidas tomadas pelo Estado estejam em conformidade com a lei?

R: Para garantir que os direitos individuais sejam respeitados e que a justiça seja feita de forma correta.

4. Qual é a jurisprudência sobre o tema?

R: O Supremo Tribunal Federal (STF) já afirmou que a prisão preventiva deve ser excepcional e fundamentada, e que sua decretação deve ser feita de acordo com a lei.

Texto Legal:

Art. 9º  Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais:        (Promulgação partes vetadas)

Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único.  Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de:

I – relaxar a prisão manifestamente ilegal;

II – substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível;

III – deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível.’

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Introdução Lei de Abuso de Autoridade

“A Lei de Abuso de Autoridade: Um Guia Prático Para a Proteção dos Seus Direitos” – Primeira Parte

Vivemos em uma sociedade onde as autoridades permeiam praticamente todos os aspectos de nossa vida, da polícia à política. Por isso, é crucial compreender o papel das leis de proteção contra abusos de poder. Uma das mais relevantes nesse cenário é a Lei de Abuso de Autoridade, oficialmente designada como Lei nº 13.869, de 5 de setembro de 2019.

Este guia traz um resumo prático sobre a lei e os crimes que ela caracteriza. O abuso de autoridade ocorre quando uma pessoa, no exercício de função pública, age de maneira a ultrapassar ou desviar-se dos limites legais. Vejamos, então, alguns pontos importantes.

O que é a Lei de Abuso de Autoridade?

A Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019) é uma legislação que define os crimes de abuso de autoridade cometidos por servidores públicos, sejam eles políticos, policiais ou judiciais. A lei tem como objetivo proteger os direitos individuais e coletivos dos cidadãos, garantindo que os agentes públicos ajam dentro da lei e dos padrões éticos.

Quais os Crimes?

  1. Decretação de prisão Ilegal
  2. Decretar condução Coercitiva
  3. Deixar de comunicar uma prisão
  4. Constranger o preso ou detento
  5. Constranger a depor sob ameaça
  6. Constranger a vítima a procedimento desnecessário
  7. Deixar de se identificar
  8. Submeter o preso a interrogatório em horário não permitido. 
  9. Impedir ou retardar informação da prisão
  10. Impedir a entrevista com advogado
  11. Prender ambos os sexos no mesmo local. 
  12. Violar domicílio
  13. Inovar ardilosamente processo. 
  14. Proceder à investigação sem justificativa
  15. Negar acesso de advogado ou parte a processo judicial ou investigativo

Estes são apenas alguns dos aspectos abordados pela Lei 13.869/19, que é extensa e abrange diversas outras situações de abuso. As sanções para essas condutas podem variar desde multas, perda do cargo e até prisão.

A Lei de Abuso de Autoridade é uma ferramenta poderosa para limitar o excesso de poder e proteger nossos direitos. Por isso, é importante conhecer a lei e se posicionar contra possíveis abusos. Lembre-se: proteger-se é também garantir a liberdade e a justiça em nossa sociedade.

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