O que é Prisão Preventiva?

Introdução

Prisão preventiva é uma medida cautelar prevista no Código de Processo Penal brasileiro, que tem como objetivo manter a ordem pública e garantir que o acusado não fuja ou atrapalhe o andamento do processo. Neste artigo, vamos entender o conceito de prisão preventiva, suas legislações, motivos para decretar, exemplos práticos, jurisprudências com números dos processos, conclusão e referência.

Conceito

A prisão preventiva é uma medida cautelar restritiva de liberdade, decretada pelo juiz, com a finalidade de garantir a ordem pública, a instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal. Ela pode ser decretada em qualquer fase da investigação ou processo penal, desde que haja elementos que indiquem a necessidade da medida. A prisão preventiva, portanto, é uma medida excepcional, que deve ser utilizada somente em casos de extrema necessidade.

Legislação e Motivos para decretar

A prisão preventiva é regulamentada pelo Código de Processo Penal, em seu artigo 312, que prevê os motivos para decretar a medida, como a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal. Além disso, o artigo 313 traz algumas hipóteses em que a prisão preventiva é obrigatória, como nos crimes hediondos, tráfico de drogas e terrorismo.

Deve-se ressaltar que a prisão preventiva não pode ser decretada de forma automática, sem a análise individualizada do caso concreto. O juiz deve avaliar a necessidade da medida, levando em consideração a gravidade do crime, a periculosidade do acusado, a possibilidade de fuga, entre outros fatores relevantes.

Exemplos práticos e jurisprudências

Um exemplo prático de prisão preventiva foi o caso do ex-presidente Michel Temer, preso em 2019 por supostos crimes de corrupção. A prisão foi decretada com base na garantia da ordem pública e na conveniência da instrução criminal. Outro exemplo foi o caso da prisão preventiva de André do Rap, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2020. Ele foi preso por tráfico de drogas e a prisão foi decretada com base na garantia da ordem pública.

Em relação à jurisprudência, podemos citar o caso do HC 143.641/SP, em que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que a prisão preventiva não pode ser decretada com base em meras conjecturas ou suposições. É necessário que haja elementos concretos que justifiquem a medida.

Conclusão

Em suma, a prisão preventiva é uma medida cautelar restritiva de liberdade que pode ser decretada em qualquer fase da investigação ou processo penal, desde que haja elementos que indiquem a necessidade da medida. Ela está prevista no Código de Processo Penal e tem como objetivo garantir a ordem pública, a instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal. No entanto, é necessário que a medida seja decretada com base em elementos concretos e não em meras conjecturas ou suposições.

Cabe ressaltar que a prisão preventiva não é uma pena antecipada, mas sim uma medida cautelar que visa garantir a efetividade do processo penal e a segurança da sociedade. Por isso, é importante que ela seja aplicada de forma criteriosa e excepcional, sempre respeitando os direitos fundamentais do acusado.

 

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