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O que é a Materialidade de um Crime?

A materialidade de um crime refere-se à comprovação objetiva e concreta da existência de um delito. Em termos jurídicos, pode ser considerada a manifestação física do crime, o conjunto de provas tangíveis que demonstram que o crime ocorreu. Pode incluir evidências físicas, vestígios, resquícios, documentos, entre outros elementos que sustentem a real ocorrência do fato criminoso.

Comprovação da Materialidade

Para comprovar a materialidade de um crime, costumam-se realizar exames periciais, colher depoimentos, analisar imagens de câmeras de segurança, entre outras formas de investigação. Os resultados dessas investigações compõem o que é chamado de corpo de delito, que, junto com outros elementos, irá fundamentar a acusação.

Corpo de Delito

O corpo de delito é um conjunto de elementos materiais que podem comprovar a ocorrência de um crime, sua natureza e circunstâncias. Pode-se dizer que é a reunião de todas as evidências materiais coletadas e examinadas no curso de uma investigação criminal, podendo incluir:

Objetos relacionados ao crime;

Vestígios deixados no local do crime;

Lesões corporais sofridas pela vítima.

Prova Técnica

A prova técnica, obtida por meio de laudos periciais, é fundamental para estabelecer a materialidade delitiva, sendo, muitas vezes, elemento essencial para o andamento do processo penal.

Exemplo

Um exemplo de materialidade pode ser encontrado em um caso de homicídio, onde a existência de um corpo, a realização de uma autópsia que determina a causa da morte e a coleta de evidências no local do crime podem comprovar a ocorrência do delito.

Para a acusação de um tráfico de drogas é necessária a apresentação e o Laudo para garantir que se trata de uma substância proibida.

Elementos do Crime

Lembrando que, além da materialidade, também se investiga a autoria, ou seja, quem praticou o crime. Assim, a materialidade e a autoria são elementos fundamentais para a configuração de um crime e para fundamentar um processo penal.

Conclusão

Portanto, a materialidade do crime é um elemento crucial para a construção do caso penal, sendo indispensável sua comprovação para que haja respaldo jurídico suficiente para levar adiante um processo e, eventualmente, condenar o autor do delito.

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Artigos de Opinião Direitos do Acusado

Os Principais Direitos do Acusado: O Que Você Precisa Saber

Introdução

Quando ouvimos falar de alguém que foi acusado de um crime, é comum que muitos de nós tenham opiniões formadas imediatamente. No entanto, é essencial lembrar que, em qualquer democracia, todos têm direitos – inclusive o acusado. Como disse um dos advogados mais famosos da história, John Adams: “Nós somos um país de leis, não de homens.”

A legislação foi criada para garantir justiça. Isso não significa apenas punir quem fez algo errado, mas também proteger os direitos daqueles que são acusados. Vamos mergulhar em alguns dos principais direitos do acusado.

“Presunção de inocência, um direito de todos, um privilégio de poucos.” Esta frase, dita por advogados de renome, é um lembrete crucial de que todo acusado é inocente até que se prove o contrário. O direito de defesa é uma das bases de qualquer sistema jurídico democrático. No entanto, nem todos conhecem os seus direitos quando estão enfrentando acusações criminais. Por isso,  vamos falar sobre os principais direitos do acusado, de acordo com a legislação brasileira.

Direito ao Silêncio

Você provavelmente já ouviu a famosa frase “Você tem o direito de permanecer calado”. Isso porque, no Brasil, com base na Constituição Federal, Artigo 5º, inciso LXIII, o acusado tem o direito de não se autoincriminar, ou seja, pode optar pelo silêncio durante o interrogatório.

Direito à Defesa e ao Advogado

“O advogado é indispensável à administração da justiça”, afirma o Estatuto da OAB no seu Artigo 2º. Isso quer dizer que todo acusado tem o direito de ser defendido por um advogado, e se não tiver recursos para contratar um, o Estado deve fornecer um defensor público. No inquérito Policial, a presença do advogado não é obrigatória, mas deveria. 

Presunção de Inocência

Como já mencionado, todo acusado é inocente até que se prove o contrário. Este é um princípio constitucional presente no Artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal. O acusado tem o direito de ser tratado como inocente durante todo o processo, até que se prove sua culpa de forma conclusiva.

Devido Processo Legal

Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Esta garantia também está na Constituição Federal, no Artigo 5º, inciso LIV. Isso quer dizer que o acusado deve ter um julgamento justo, com todas as etapas e prazos processuais respeitados.

Direito a um Julgamento Rápido

Segundo o Artigo 5º, inciso LXXVIII da Constituição Federal, é assegurada a razoável duração do processo. Ou seja, o acusado tem o direito de não ficar anos aguardando o final do seu julgamento.

Direito de Não Ser Submetido a Tortura ou Tratamento Desumano

O Artigo 5º da Constituição é realmente abrangente. No inciso III, está previsto que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Isso é fundamental para garantir a dignidade do acusado.

Conclusão

Lembrando as palavras do famoso advogado Clarence Darrow, “Você só pode proteger seus direitos se você os conhece.” Portanto, é essencial que as pessoas estejam cientes de seus direitos, principalmente quando acusadas de algum crime. O sistema jurídico é complexo, mas entender suas garantias básicas é o primeiro passo para uma defesa eficaz.

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Diferentes penas Diferentes Juízes

As diferentes penas aplicadas para os réus do caso de oito de janeiro refletem uma caraterística que apenas aqueles que militam no direito criminal enfrentam, o entendimento de cada Magistrado para a aplicação da pena. 

Para compreender a essência da justiça penal brasileira, é fundamental entender os mecanismos que norteiam a definição das penas. É comum questionar por que dois réus, condenados pelo mesmo crime, recebem penas distintas. O sistema trifásico, combinado com o artigo 59 do Código Penal, nos oferece as respostas. Mas, para alcançar um entendimento pleno, é preciso mergulhar nessas diretrizes e compreender como elas operam.

1. O Sistema Trifásico: Uma Jornada em Três Etapas

Neste sistema, a determinação da pena se desenrola em três etapas:

Primeira Fase – Pena-Base: A análise aqui é centrada no crime em si, levando em consideração aspectos como gravidade, consequências e contextos.

Segunda Fase – Atenuantes e Agravantes: Neste ponto, são ajustadas as penas com base em circunstâncias específicas do réu e do ato cometido.

Terceira Fase – Causas de Diminuição e Aumento: Por fim, circunstâncias legais que podem influenciar na magnitude da pena são analisadas.

2. O Artigo 59 do Código Penal: Os Critérios para Definir a Pena Base

O Artigo 59 do Código Penal é uma ferramenta valiosa que auxilia o magistrado a fixar a pena-base. Ele orienta o juiz a considerar oito circunstâncias judiciais:

Culpabilidade: Refere-se ao grau de reprovação da conduta do agente. Quão culpado é o réu pelo que fez? O quanto a sociedade considera grave a conduta.

Antecedentes: O réu já cometeu outros crimes? Seu histórico pode influenciar na pena.

Conduta Social: Como é o comportamento do réu em sociedade? É uma pessoa que vive em conflito constante ou alguém pacífico? A reincidência é diferente. 

Personalidade do Agente: Aspectos psicológicos e temperamento do réu são avaliados aqui. Para se utilizar este critério é necessária a existência de um Laudo Pericial. 

Motivos do Crime: Por que o crime foi cometido? Foi por necessidade, vingança ou ganância? 

Circunstâncias do Crime: Em que contexto o crime ocorreu? Havia agravantes, como vulnerabilidade da vítima?

Consequências do Crime: Quais foram as repercussões do crime para a vítima e para a sociedade?

Comportamento da Vítima: A vítima teve alguma ação que contribuiu para o crime?

Essas circunstâncias permitem ao juiz uma avaliação personalizada da situação, garantindo que a pena seja justa e proporcional ao ato e ao agente.

Para utilizar cada uma das circunstâncias o Magistrado deve fundamentar em provas e fatos do processo. 

3. A Justiça por trás da Disparidade

Com a combinação do sistema trifásico e do artigo 59 do CP, o Direito Penal reconhece que cada caso é único. A capacidade de diferenciar penas, mesmo para o mesmo crime, permite que o sistema jurídico trate cada réu de forma justa, considerando todos os detalhes envolvidos.

Conclusão

O Direito Penal, através de mecanismos como o sistema trifásico e o artigo 59 do CP, busca a equidade. Em vez de aplicar penas genéricas, ele procura entender o coração do problema, considerando as circunstâncias individuais de cada caso. Dessa forma, o sistema jurídico brasileiro não só pune, mas também educa e reabilita, garantindo que a justiça seja verdadeiramente justa.

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Recebi uma Denúncia Criminal, e agora?

O mundo do Direito é repleto de complexidades e nuances que muitas vezes passam despercebidas pelos olhos do público leigo. Na advocacia criminal, uma dessas nuances é a Denúncia Criminal, peça fundamental e inicial do processo penal.

 

De acordo com o Código de Processo Penal (CPP) brasileiro, em seu artigo 41, a denúncia deve conter a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado (ou esforços para identificá-lo), a classificação do crime e, por fim, o rol das testemunhas. Portanto, a denúncia é o instrumento pelo qual o Ministério Público, representando a sociedade, formaliza a acusação contra alguém por um suposto crime.

 

Seguindo os ensinamentos do renomado jurista Guilherme de Souza Nucci, a denúncia é “o veículo pelo qual se imputa a prática de um crime a uma determinada pessoa, dando início à ação penal”. Não é simplesmente uma acusação vazia, mas uma exposição meticulosamente construída de fatos e evidências que estabelece as bases para um processo penal.

 

O papel da denúncia criminal é crucial na construção de um processo penal justo e equilibrado. Por isso, é imperativo que todos os detalhes do crime sejam relatados com precisão. A ausência de um dos requisitos formais da denúncia, conforme previsto no artigo 41 do CPP, pode gerar a sua inépcia, acarretando o arquivamento da ação penal.

 

O jurista Aury Lopes Jr. defende que a denúncia é uma peça que demanda profundidade investigativa e responsabilidade do órgão acusador, pois é a partir dela que se delimita o objeto da prova e, consequentemente, a liberdade do acusado.

 

Por fim, deve-se destacar que o papel da defesa é essencial no contraponto à denúncia. Conforme destaca Tourinho Filho, conhecido professor de Direito Processual Penal, “a denúncia marca o início de uma batalha jurídica na qual a defesa deve estar pronta para enfrentar cada alegação e assegurar que a verdade prevaleça”.

 

Portanto, é fundamental que a sociedade entenda o papel e a importância da denúncia criminal no processo penal. Isso permite uma maior transparência e compreensão das engrenagens que movem a nossa justiça criminal. Com o conhecimento, surge o poder – e com esse poder, a habilidade de entender, analisar e questionar os processos que definem a liberdade e a justiça em nossa sociedade.

 

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Desvendando os Bastidores da Justiça: O Intrigante Mundo dos Inquéritos Policiais

Desvendando os Bastidores da Justiça: O Intrigante Mundo dos Inquéritos Policiais

 

Introdução:

No âmbito da área criminal, existe um estágio fundamental que pode ser considerado como a “alma” de todo o processo de investigação. Estamos falando do inquérito policial, um verdadeiro mergulho nos mistérios dos crimes, cheio de reviravoltas, evidências e busca pela verdade. Neste artigo, convidamos você a adentrar os bastidores da justiça e descobrir o que realmente acontece durante um inquérito policial.

 

Desenvolvimento:

O inquérito policial é um procedimento instaurado pela autoridade policial, como delegados de polícia, com o objetivo de apurar a ocorrência de um crime e identificar seu autor. É um verdadeiro quebra-cabeça, onde cada peça encontrada contribui para a resolução do caso.

 

Durante o inquérito, o delegado e sua equipe reúnem informações relevantes para a investigação, como depoimentos de testemunhas, análise de evidências, coleta de documentos e registros, além de realizarem perícias técnicas. Essa fase é crucial para estabelecer os fatos, reconstruir a linha do tempo do crime e reunir provas substanciais para embasar uma futura acusação ou arquivamento do caso.

 

Nesse sentido, o inquérito policial é uma verdadeira imersão no universo criminal. Os investigadores precisam lidar com a complexidade dos casos, vasculhar cada detalhe e mergulhar na mente dos suspeitos para desvendar os motivos por trás dos crimes. É uma verdadeira batalha intelectual entre a lei e a criminalidade, onde a criatividade e a sagacidade desempenham papéis fundamentais.

 

No decorrer do inquérito, os profissionais envolvidos enfrentam desafios constantes. Eles precisam ser incansáveis na busca por evidências, perspicazes na interpretação dos fatos e diligentes na coleta de informações. Cada pista encontrada pode ser crucial para a solução do caso, e é por isso que a dedicação e a expertise dos investigadores são tão valiosas.

 

Conclusão:

Os inquéritos policiais são verdadeiros enigmas a serem desvendados. Eles representam a ponte que liga o crime à justiça, onde os culpados são responsabilizados e a verdade prevalece. Ao conhecermos os detalhes dessa fase crucial da investigação criminal, podemos compreender o trabalho árduo realizado pelos profissionais da área, bem como a importância de seu papel na sociedade.

 

Portanto, da próxima vez que você ouvir falar sobre um inquérito policial, lembre-se de que por trás desse termo há um universo de intrigas, mistérios e dedicação incansável. O desafio de desvendar os segredos dos crimes continua, e os heróis anônimos da justiça estão lá, trabalhando arduamente para garantir a segurança e a paz da sociedade

 

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As Características Principais de um Advogado Criminalista

As Características Principais de um Advogado Criminalista

 

O advogado criminalista é uma figura essencial no sistema judiciário, trabalhando incansavelmente para defender os direitos e liberdades de seus clientes. Mas, o que realmente distingue um advogado criminalista de destaque? Aqui estão algumas das características mais importantes que um advogado criminalista deve possuir.

 

  1. Conhecimento Profundo da Lei Penal: O conhecimento da lei penal é fundamental para qualquer advogado criminalista. Cada detalhe, cada nuance pode ser a chave para a defesa de um cliente. Portanto, um advogado criminalista deve estar sempre atualizado sobre as últimas mudanças e interpretações da lei.
  2. Habilidades de Negociação: Muitos casos criminais são resolvidos fora do tribunal através de acordos. Assim, um advogado criminalista deve ser um negociador hábil, capaz de alcançar o melhor resultado possível para seu cliente.
  3. Capacidade de Argumentação: A argumentação é essencial no tribunal. Um bom advogado criminalista deve ser capaz de apresentar argumentos convincentes, claros e precisos para defender seu cliente.
  4. Fortes Habilidades de Comunicação: A capacidade de se comunicar efetivamente é vital. Um advogado criminalista deve ser capaz de explicar a lei e os procedimentos jurídicos de maneira compreensível para seus clientes, além de se comunicar claramente com juízes e promotores.
  5. Resiliência: A advocacia criminal pode ser estressante e exigir longas horas de trabalho. Um advogado criminalista precisa ser resiliente, mantendo a calma e a compostura mesmo nos momentos mais difíceis.
  6. Integridade: A integridade é um valor fundamental na advocacia. Um advogado criminalista deve ser honesto e ético em todas as suas ações.
  7. Empatia: Um advogado criminalista deve ser capaz de entender e se conectar com seus clientes. Eles devem ser capazes de se colocar no lugar do cliente para entender suas preocupações e necessidades.
  8. Habilidades de Investigação: Muitos casos dependem de uma investigação minuciosa. Portanto, um advogado criminalista deve ter habilidades de investigação, ser capaz de analisar provas e encontrar falhas ou inconsistências que possam ajudar na defesa do seu cliente.
  9. Atualização Constante: As leis e os procedimentos judiciais estão sempre mudando. Assim, um bom advogado criminalista deve estar sempre se atualizando, buscando formação contínua e participando de cursos e seminários na área.
  10. Confidencialidade: O advogado criminalista deve respeitar a confidencialidade do cliente, garantindo que todas as informações compartilhadas sejam tratadas com a máxima discrição.

 

Para finalizar, cabe ressaltar que um advogado criminalista de sucesso não apenas possui essas características, mas também é apaixonado pelo que faz. A defesa dos direitos e liberdades dos indivíduos é uma tarefa nobre que requer dedicação, compromisso e, acima de tudo, paixão.

 

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Artigos de Opinião Crimes Empresariais O que é?

Crime Empresarial – O que é? Quais são?

“A justiça é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o que lhe é devido.” – Ulpiano

 

Introdução

 

O crime empresarial é um tema que tem ganhado cada vez mais relevância na sociedade contemporânea. Com o aumento da complexidade das relações econômicas, torna-se cada vez mais difícil manter um controle rígido sobre todas as atividades empresariais. Em decorrência disso, é comum que algumas empresas acabem cometendo crimes, seja por negligência, má-fé ou até mesmo por desconhecimento da legislação aplicável.

 

Este blog tem como objetivo abordar o tema do crime empresarial, destacando alguns dos principais tipos de crimes cometidos por empresas, exemplos de casos reais e a jurisprudência aplicável a esses casos.

 

Os crimes empresariais são atos ilícitos cometidos por indivíduos ou organizações dentro do âmbito empresarial. Eles podem incluir desde fraudes fiscais até corrupção, práticas anticompetitivas, lavagem de dinheiro, entre outros. Esses crimes podem ser praticados por empresas de diversos setores e podem acontecer em qualquer país do mundo.

 

O que é crime empresarial?

 

O crime empresarial pode ser definido como a prática de atos criminosos por empresas, seus sócios, diretores ou funcionários, com o objetivo de obter vantagens ilícitas em detrimento da sociedade ou de terceiros. Esse tipo de crime pode envolver desde fraudes fiscais até crimes ambientais e contra a saúde pública.

 

A legislação brasileira prevê diversas infrações que podem ser cometidas por empresas, tais como a sonegação fiscal, o crime de lavagem de dinheiro, a corrupção ativa e passiva, o crime contra o meio ambiente, o trabalho escravo, entre outros.

 

Vale ressaltar que, em muitos casos, os crimes empresariais são cometidos de forma dissimulada, com o objetivo de esconder as atividades ilícitas da empresa. Isso torna a identificação desses crimes ainda mais difícil e reforça a importância de se ter uma fiscalização eficiente por parte das autoridades competentes

 

Definição de Crime Empresarial

 

O crime empresarial pode ser definido como qualquer conduta criminosa praticada por uma empresa, seus dirigentes ou colaboradores, visando obter lucro ou vantagens indevidas. Essas condutas podem ser realizadas de forma isolada ou em conjunto, envolvendo desde infrações administrativas até crimes complexos, como a lavagem de dinheiro.

 

As principais formas de crime empresarial incluem:

 

Corrupção: prática de oferecer, prometer ou dar algo de valor para um funcionário público ou agente político, com o objetivo de obter vantagens indevidas.

Sonegação Fiscal: omissão ou declaração falsa de informações fiscais, com o objetivo de pagar menos impostos.

Crimes contra o Meio Ambiente: condutas que prejudicam o meio ambiente, como a poluição, o desmatamento e a extração ilegal de recursos naturais.

Crimes contra o Consumidor: práticas que prejudicam os direitos do consumidor, como a venda de produtos falsificados, a publicidade enganosa e a manipulação de preços.

Crimes contra a Concorrência Leal: condutas que prejudicam a livre concorrência no mercado, como o cartel e o abuso de poder econômico.

Lavagem de Dinheiro: prática de ocultar a origem ilícita de recursos financeiros, tornando-os aparentemente legais.

 

A sonegação fiscal é um dos crimes empresariais mais comuns. Ele ocorre quando uma empresa não declara corretamente seus impostos e tenta evitar o pagamento devido ao governo. Esse tipo de crime é particularmente atraente para empresas que buscam aumentar seus lucros, mas não querem seguir as regras ou pagar sua parcela justa de impostos. A sonegação fiscal é um crime grave que pode levar a multas pesadas, além de danificar a reputação da empresa.

 

Outro crime empresarial que tem recebido muita atenção nos últimos anos é a corrupção. Esse crime pode envolver o pagamento de propinas para obter vantagens ilegais em licitações ou contratos públicos. A corrupção também pode ocorrer quando uma empresa tenta influenciar a tomada de decisões políticas para obter benefícios financeiros. A corrupção é um crime grave que pode ter consequências devastadoras para a economia e a sociedade como um todo.

 

Além disso, os crimes empresariais também podem incluir práticas anticompetitivas, como cartelização e monopólio, que prejudicam a livre concorrência e afetam negativamente os consumidores. Essas práticas podem incluir acordos secretos entre empresas para fixar preços ou dividir o mercado, impedindo que outras empresas possam competir de forma justa.

 

A lavagem de dinheiro é outro crime empresarial que tem recebido muita atenção nos últimos anos. Esse crime envolve a criação de mecanismos para ocultar a origem de dinheiro obtido de forma ilícita. A lavagem de dinheiro é um crime grave que pode ter consequências danosas para a economia e a sociedade como um todo.

 

Além dos crimes empresariais mencionados acima, também existem outros tipos de crimes que podem ser cometidos por empresas. Por exemplo, empresas podem cometer crimes ambientais ao poluir o meio ambiente ou desrespeitar as leis de proteção ambiental. As empresas também podem cometer crimes trabalhistas ao explorar seus funcionários ou violar as leis trabalhistas.

 

É importante destacar que os crimes empresariais têm consequências graves não apenas para as empresas envolvidas, mas também para a economia e a sociedade como um todo. Eles afetam a confiança dos investidores, prejudicam a imagem do país e podem levar à perda de empregos e à diminuição da atividade econômica. Quando empresas se envolvem em práticas ilegais, elas prejudicam a reputação de todo o setor empresarial, o que pode levar a prejuízos em larga escala.

 

Por isso, é fundamental que as autoridades estejam atentas e atuem de forma rigorosa para coibir os crimes empresariais e punir os responsáveis. As empresas, por sua vez, devem adotar práticas éticas e transparentes, garantindo o cumprimento da lei e a preservação da integridade nos negócios. É importante que as empresas tenham mecanismos internos para prevenir e detectar a ocorrência de crimes empresariais. Isso pode incluir a criação de um código de ética, a realização de treinamentos para funcionários e a implementação de políticas de transparência e conformidade.

 

Além disso, é importante que as empresas sejam responsáveis socialmente e contribuam para o desenvolvimento sustentável e para a melhoria da qualidade de vida da população. Elas devem respeitar os direitos humanos, promover a diversidade e a inclusão e adotar práticas sustentáveis.

 

Para concluir, os crimes empresariais são um problema sério que afeta diversos setores da economia. Eles prejudicam a concorrência, afetam a economia e a sociedade como um todo. Por isso, é fundamental que as empresas adotem práticas éticas e transparentes e que as autoridades trabalhem para coibir esses crimes e punir os responsáveis. A conscientização sobre a gravidade desses crimes é importante para preveni-los e promover um ambiente empresarial justo, íntegro e sustentável.

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Artigos de Opinião Fraude com Criptoativos - Art. 171-A

Crimes Cibernéticos – Fraude com Criptoativos – Bitcoins – Art. 171-A

Introdução

 

Com o crescimento da tecnologia e das transações financeiras online, a fraude com a utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros tem se tornado cada vez mais comum. Segundo o Art. 171-A do Código Penal Brasileiro, a prática de fraudes nesse âmbito é considerada crime, com pena de reclusão de 4 a 8 anos, além de multa. Neste artigo, vamos entender melhor sobre a fraude com a utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros.

 

O que são ativos virtuais, valores mobiliários e ativos financeiros?

 

Ativos virtuais são bens intangíveis, que não existem fisicamente, como as criptomoedas. Já os valores mobiliários são títulos representativos de valores, como ações e debêntures. Por fim, os ativos financeiros são bens que possuem valor monetário, como as moedas estrangeiras. Todos esses ativos são utilizados em transações financeiras, e por isso, podem ser alvos de fraudes.

 

Como acontece a fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros?

 

A fraude pode acontecer de diversas maneiras, como por exemplo, através de phishing, onde o fraudador envia um e-mail ou mensagem falsa para obter informações pessoais e financeiras da vítima. Outra forma comum é através de esquemas de pirâmide financeira, onde o fraudador promete altos retornos financeiros em um curto período de tempo, mas na verdade, está usando o dinheiro dos novos investidores para pagar os antigos. Além disso, existem também os golpes de ICO (Initial Coin Offering), onde os fraudadores criam uma nova criptomoeda falsa e prometem altos ganhos financeiros para quem investir.

 

Como a lei está escrita?

 

A Lei 14478/2022 inseriu o Art. 171-A no Código Penal. Regulamentou como deve ser capitulada a fraude. Colaciono o texto legal.

 

“Fraude com a utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros

 

Art. 171-A. Organizar, gerir, ofertar ou distribuir carteiras ou intermediar operações que envolvam ativos virtuais, valores mobiliários ou quaisquer ativos financeiros com o fim de obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.

 

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.”

 

Como se prevenir contra a fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros?

 

Existem algumas medidas que podem ser tomadas para se prevenir contra a fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros, como por exemplo:

 

– Verificar a autenticidade das informações: Antes de investir em qualquer ativo financeiro, é importante verificar a autenticidade das informações fornecidas pela empresa ou pelo intermediário. É preciso avaliar se a empresa tem registro nas autoridades competentes e se está devidamente regularizada.

– Não compartilhar informações pessoais e financeiras: Nunca compartilhe informações pessoais e financeiras com desconhecidos ou em sites não confiáveis. É importante tomar cuidado com e-mails e mensagens que pedem informações pessoais, pois podem ser golpes de phishing.

– Desconfiar de promessas de retornos financeiros muito altos e rápidos: Promessas de retornos financeiros muito altos e rápidos devem ser vistas com desconfiança. É importante avaliar se os ganhos oferecidos são condizentes com os riscos envolvidos na operação.

– Buscar informações em fontes confiáveis: Antes de investir em qualquer ativo financeiro, é importante buscar informações em fontes confiáveis, como instituições financeiras, corretoras de valores e órgãos reguladores.

– Usar carteiras digitais confiáveis: Para quem investe em criptomoedas, é importante usar carteiras digitais confiáveis, que oferecem segurança e proteção contra fraudes.

– Manter o software de segurança atualizado: É importante manter o software de segurança do computador ou do celular atualizado, para evitar ataques de hackers e malwares.

– Conferir se o site é seguro: Ao realizar transações financeiras online, é importante conferir se o site é seguro, verificando se há um cadeado na barra de endereço do navegador e se o endereço começa com “https”. Isso indica que a conexão é criptografada e que as informações estão protegidas.

 

Casos de fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros

 

Ao longo dos anos, diversos casos de fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros aconteceram no mundo. Um dos casos mais conhecidos é o da empresa americana Enron, que em 2001 entrou em falência após fraudes contábeis que esconderam dívidas de bilhões de dólares. Outro caso de grande repercussão foi o da empresa brasileira TelexFree, que em 2013 foi acusada de operar um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízos de mais de 1 bilhão de reais a investidores em todo o país.

 

Além desses casos, existem também os golpes envolvendo criptomoedas, que têm se tornado cada vez mais comuns. Em 2017, a empresa BitConnect foi acusada de operar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas, que causou prejuízos de mais de 2 bilhões de dólares a investidores em todo o mundo.

 

Como denunciar a fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros?

 

Em caso de suspeita de fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros, é fundamental denunciar a prática às autoridades competentes. A denúncia pode ser feita na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na Polícia Federal ou no Ministério Público. É importante fornecer o máximo de informações possíveis sobre a fraude, como nome da empresa ou do intermediário, dados bancários utilizados na operação e evidências que comprovem a fraude.

 

O papel das autoridades reguladoras

 

As autoridades reguladoras, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil e a Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos, têm um papel fundamental no combate à fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros. Essas instituições são responsáveis por fiscalizar e regulamentar o mercado financeiro, garantindo a segurança e a transparência nas operações.

 

Além disso, as autoridades reguladoras também têm o papel de educar e conscientizar os investidores sobre os riscos envolvidos nas operações financeiras, ajudando a prevenir casos de fraude. É importante que os investidores procurem informações junto a essas instituições antes de investir em qualquer ativo financeiro.

 

Quando a Lei entra em vigor?

 

Conforme o texto legal, a legislação entra em vigor 180 dias após a publicação. Como foi publicada em 214 de dezembro de 2022, começa a gerar efeitos no mundo jurídico a partir do dia 22 de junho de 2023, com isso todos devem conhecer seu texto e as autoridades prontas a fazer valer. 

 

Conclusão

 

A fraude com a utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros é um crime que pode trazer graves consequências para as vítimas. É fundamental estar sempre atento e seguir as medidas de prevenção para evitar cair em golpes. Além disso, em caso de suspeita de fraude, é fundamental denunciar a prática às autoridades competentes. As autoridades reguladoras têm um papel fundamental no combate à fraude, garantindo a segurança e a transparência no mercado financeiro. A prevenção, a conscientização, a denúncia e a regulação são as melhores formas de combater a fraude no mercado financeiro.

 

Dicas adicionais para prevenir fraude

 

– Verificar a reputação da empresa: Antes de investir, verifique a reputação da empresa em sites independentes, como o Reclame Aqui ou o Trustpilot. Esses sites reúnem avaliações de consumidores sobre empresas e produtos, ajudando a identificar possíveis problemas.

– Verificar a autenticidade de documentos: Caso a empresa ofereça algum documento, como um contrato ou um prospecto, verifique a autenticidade do documento antes de assinar ou investir. É importante buscar informações em fontes confiáveis para confirmar a veracidade do documento.

– Atentar para práticas de venda agressiva: Algumas empresas utilizam práticas de venda agressiva para pressionar o investidor a tomar uma decisão rápida. É importante ficar atento a essas práticas e avaliar calmamente as informações antes de investir.

– Conferir a identidade do intermediário: Caso o investimento seja feito através de um intermediário, é importante conferir a identidade do intermediário para evitar fraudes de phishing.

– Evitar investimentos em esquemas desconhecidos: Evite investir em esquemas desconhecidos ou que prometem retornos financeiros exorbitantes. É importante avaliar cuidadosamente os riscos envolvidos na operação antes de tomar uma decisão.

– Acompanhar as operações: É importante acompanhar regularmente as operações financeiras para identificar possíveis irregularidades ou inconsistências. Mantenha-se informado sobre as transações realizadas e verifique se tudo está de acordo com o esperado.

 

Seguindo essas dicas adicionais, é possível aumentar ainda mais a segurança nas transações financeiras e evitar cair em golpes. A prevenção e a conscientização são as melhores formas de garantir a segurança no mercado financeiro.

 

A importância da educação financeira

 

Além das medidas de prevenção e denúncia, a educação financeira é uma ferramenta fundamental para evitar a fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros. A educação financeira ajuda a desenvolver habilidades e conhecimentos para lidar com o dinheiro de forma consciente e responsável, evitando o endividamento e a tomada de decisões equivocadas.

 

A educação financeira também ajuda a identificar possíveis fraudes e golpes, desenvolvendo um senso crítico e uma visão ampla sobre o mercado financeiro. Com a educação financeira, é possível saber como investir de forma segura e rentável, sem cair em armadilhas.

 

Por isso, é fundamental investir na educação financeira, seja através de cursos, livros, vídeos ou outras fontes de informação. A educação financeira é uma ferramenta poderosa para garantir a segurança e o sucesso financeiro.

 

A importância da transparência e da ética no mercado financeiro

 

Além da educação financeira, a transparência e a ética no mercado financeiro são fundamentais para evitar a fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros. A transparência e a ética garantem que as informações fornecidas pelas empresas e pelos intermediários sejam claras e objetivas, evitando possíveis fraudes e enganos.

 

A transparência também é fundamental para que os investidores possam tomar decisões conscientes e responsáveis, avaliando os riscos e as oportunidades do mercado financeiro. A ética, por sua vez, garante que as empresas e os intermediários atuem de forma honesta e justa, respeitando os direitos dos investidores e promovendo a segurança e a transparência nas operações.

 

Por isso, é fundamental que as empresas e os intermediários sigam os princípios da transparência e da ética, garantindo a segurança e a confiança dos investidores no mercado financeiro. A transparência, a ética e a responsabilidade são valores fundamentais para o sucesso e o desenvolvimento do mercado financeiro.

 

Conclusão final

 

A fraude com a utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros é um crime que pode trazer graves consequências para as vítimas, além de prejudicar a economia e o mercado financeiro como um todo. Por isso, é fundamental estar sempre atento e seguir as medidas de prevenção para evitar cair em golpes.

 

A prevenção, a conscientização, a denúncia e a regulação são as melhores formas de combater a fraude no mercado financeiro. Além disso, a educação financeira, a transparência e a ética são ferramentas fundamentais para garantir a segurança e o sucesso financeiro.

 

O mercado financeiro é uma importante fonte de investimento e crescimento econômico, e por isso, é fundamental que os investidores e as empresas atuem de forma consciente, responsável e ética. Com a colaboração de todos, é possível construir um mercado financeiro mais seguro, transparente e justo para todos os envolvidos.

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Artigos de Opinião Crimes Cibernético Phishing

Crimes Cibernéticos – Phishing – Furto – Estelionato – art. 155 e Art. 171 do Código Penal

Um grande jurista certa vez disse: “O objetivo do direito não é abolir ou restringir a liberdade, mas preservá-la e expandi-la.” – Ronald Dworkin

 

A comunicação veloz, o comércio eletrônico, os meios de pagamento eletrônicos, trouxeram uma forma de ato criminoso que é composto de dois momentos, o primeiro quando são conseguidos os dados pessoais desejados e o segundo momento, quando os dados são efetivamente utilizados. 

Não há uma receita pronta para como obter os dados, nem como utilizá-los. É uma prática que aumenta a cada dia, na mesma velocidade que as formas de comunicação e transmissão de dados.

Necessário se prevenir, porém antes, é importante conhecer o que é.

 

Phishing é uma técnica utilizada por cibercriminosos para obter informações sensíveis de usuários, tais como senhas, números de cartões de crédito e informações bancárias, através de mensagens de e-mail, mensagens instantâneas, SMS e outros meios eletrônicos.

 

Os criminosos utilizam diversas estratégias para atrair a vítima e fazer com que ela forneça informações confidenciais. Eles podem se passar por empresas conhecidas, como bancos, lojas online e redes sociais, e enviar mensagens falsas com links maliciosos que levam o usuário a um site falso. Nesse site, o usuário é induzido a fornecer informações confidenciais, que são então utilizadas pelos criminosos para cometer fraudes e outros crimes financeiros. Neste caso incidiria o Art. 155 – furto – e o Art. 171 – estelionato – ambos do Código Penal

 

Outra técnica comum de phishing é o spear phishing, que é uma abordagem mais direcionada e personalizada. Nesse caso, os criminosos pesquisam informações sobre a vítima e utilizam essas informações para criar mensagens falsas que parecem mais legítimas e convincentes.

 

Além do phishing e spear phishing, existem outras variações dessa técnica, como o pharming, que redireciona o usuário para um site falso sem que ele perceba, e o vishing, que utiliza chamadas telefônicas para obter informações confidenciais.

 

É importante que os usuários estejam sempre atentos a esses tipos de ataques e tomem medidas preventivas, como não clicar em links suspeitos, verificar a autenticidade dos sites antes de fornecer informações sensíveis e manter seus softwares e sistemas atualizados.

 

O phishing pode constituir vários tipos de crimes, como furto de dados, estelionato, falsidade ideológica e outras formas de fraude. Os artigos do Código Penal que podem ser aplicados vão depender das circunstâncias específicas de cada caso.

 

Por exemplo, se o criminoso utilizar informações falsas para se passar por outra pessoa ou empresa, ele poderá ser acusado de falsidade ideológica. Se o criminoso utilizar as informações obtidas por meio do phishing para realizar compras fraudulentas, ele poderá ser acusado de estelionato.

 

Em relação ao furto de dados, o artigo 154-A do Código Penal trata da invasão de dispositivo informático alheio, com o intuito de obter, adulterar ou destruir dados sem autorização. Esse artigo pode ser aplicado em casos de phishing em que o criminoso invada o dispositivo do usuário para obter informações confidenciais.

 

Em resumo, o phishing pode dar origem a diferentes tipos de crimes, e a aplicação dos artigos do Código Penal vai depender das circunstâncias específicas de cada caso.

 

Além das possíveis consequências criminais, o phishing pode ter graves impactos financeiros e pessoais para as vítimas.

 

Os criminosos podem utilizar as informações obtidas por meio do phishing para realizar compras fraudulentas, solicitar empréstimos, abrir contas em bancos e até mesmo roubar a identidade da vítima. Essas ações podem resultar em perda de dinheiro, dívidas inesperadas e até mesmo problemas com a justiça.

 

Para evitar ser vítima de phishing, é importante adotar medidas preventivas, como verificar a autenticidade dos sites antes de fornecer informações confidenciais, não clicar em links suspeitos, manter softwares e sistemas atualizados e desconfiar de mensagens que solicitam informações pessoais ou financeiras.

 

Lembre-se sempre de que a prevenção é a melhor forma de se proteger contra esses ataques cibernéticos. E caso você seja vítima de phishing, é importante reportar o crime às autoridades competentes e buscar ajuda especializada para minimizar os danos causados.

 

Além das possíveis consequências criminais, o phishing pode ter graves impactos financeiros e pessoais para as vítimas.

 

Os criminosos podem utilizar as informações obtidas por meio do phishing para realizar compras fraudulentas, solicitar empréstimos, abrir contas em bancos e até mesmo roubar a identidade da vítima. Essas ações podem resultar em perda de dinheiro, dívidas inesperadas e até mesmo problemas com a justiça.

 

Para evitar ser vítima de phishing, é importante adotar medidas preventivas, como verificar a autenticidade dos sites antes de fornecer informações confidenciais, não clicar em links suspeitos, manter softwares e sistemas atualizados e desconfiar de mensagens que solicitam informações pessoais ou financeiras.

 

Lembre-se sempre de que a prevenção é a melhor forma de se proteger contra esses ataques cibernéticos. E caso você seja vítima de phishing, é importante reportar o crime às autoridades competentes e buscar ajuda especializada para minimizar os danos causados.

 

Por isso, é importante ter conhecimento sobre esse tipo de golpe e saber como se proteger. Além disso, é recomendável que as empresas e organizações também adotem medidas preventivas, como treinamentos para seus funcionários e implementação de ferramentas de segurança cibernética.

 

Ao tomar essas medidas, é possível reduzir significativamente o risco de ser vítima do phishing e garantir a segurança de informações pessoais e financeiras.

 

Por fim, é importante ressaltar que o phishing é apenas uma das muitas ameaças presentes no mundo digital. Por isso, é fundamental estar sempre atualizado sobre as últimas técnicas e ferramentas utilizadas pelos cibercriminosos e buscar formas de se proteger contra elas.

 

A segurança cibernética é um assunto de extrema importância nos dias atuais, e requer a colaboração de todos os usuários e empresas para que possamos manter a privacidade e a integridade das informações na internet.

 

Lembre-se sempre de que a prevenção é a melhor forma de se proteger contra os ataques cibernéticos, e que a informação é a principal arma contra os golpes e as fraudes na internet. Mantenha-se informado e adote as medidas preventivas necessárias para garantir a sua segurança e a segurança das pessoas ao seu redor.

 

Além das possíveis consequências criminais, o phishing pode ter graves impactos financeiros e pessoais para as vítimas.

 

Os criminosos podem utilizar as informações obtidas por meio do phishing para realizar compras fraudulentas, solicitar empréstimos, abrir contas em bancos e até mesmo roubar a identidade da vítima. Essas ações podem resultar em perda de dinheiro, dívidas inesperadas e até mesmo problemas com a justiça.

 

Para evitar ser vítima de phishing, é importante adotar medidas preventivas, como verificar a autenticidade dos sites antes de fornecer informações confidenciais, não clicar em links suspeitos, manter softwares e sistemas atualizados e desconfiar de mensagens que solicitam informações pessoais ou financeiras.

 

Lembre-se sempre de que a prevenção é a melhor forma de se proteger contra esses ataques cibernéticos. E caso você seja vítima de phishing, é importante reportar o crime às autoridades competentes e buscar ajuda especializada para minimizar os danos causados.

 

Por isso, é importante ter conhecimento sobre esse tipo de golpe e saber como se proteger. Além disso, é recomendável que as empresas e organizações também adotem medidas preventivas, como treinamentos para seus funcionários e implementação de ferramentas de segurança cibernética.

 

Ao tomar essas medidas, é possível reduzir significativamente o risco de ser vítima do phishing e garantir a segurança de informações pessoais e financeiras.

 

Por fim, é importante ressaltar que o phishing é apenas uma das muitas ameaças presentes no mundo digital. Por isso, é fundamental estar sempre atualizado sobre as últimas técnicas e ferramentas utilizadas pelos cibercriminosos e buscar formas de se proteger contra elas.

 

A segurança cibernética é um assunto de extrema importância nos dias atuais, e requer a colaboração de todos os usuários e empresas para que possamos manter a privacidade e a integridade das informações na internet.

 

Lembre-se sempre de que a prevenção é a melhor forma de se proteger contra os ataques cibernéticos, e que a informação é a principal arma contra os golpes e as fraudes na internet. Mantenha-se informado e adote as medidas preventivas necessárias para garantir a sua segurança e a segurança das pessoas ao seu redor.

 

Se tiver alguma dúvida ou precisar de ajuda para se proteger contra o phishing ou outras ameaças cibernéticas, não hesite em procurar ajuda especializada. A segurança cibernética é um assunto sério e requer a colaboração de todos para garantir um ambiente seguro e confiável na internet.

 

Lembre-se: a prevenção é a melhor forma de se proteger contra esses ataques cibernéticos.

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Artigos de Opinião Crimes Cibernético Extrosão - Ransomware - Art. 158 - Código Penal

Crimes Cibernéticos – Extorsão – Ransomwares – Art. 158 – Código Penal

O grande jurista brasileiro, Rui Barbosa, certa vez disse: “Não basta ter razão, é preciso saber conquistá-la.”

 

Não há empresa, governo ou pessoa física que não dependa de seus sistemas e computadores. A vida não anda sem acessar a internet. A vida está toda na nuvem, seja a agenda de compromissos, seja o internet banking, portanto se de alguma forma for impedido o acesso aos aplicativos, o mundo para de girar. 

Existe, assim, uma conduta criminosa que “sequestra” o sistema, servidor, ou o celular, impedindo os usuários de realizar as operações enquanto não pagarem o resgate, o termo utilizado vez do inglês, ransomware.Qual a definição de ransonware:

 

Ransomware é um tipo de malware que criptografa arquivos e até sistemas de computador inteiros e, em seguida, exige o pagamento de um resgate para devolver o acesso. Ransomwares usam criptografia para bloquear o acesso a arquivos ou sistemas de computador infectados, tornando-os inutilizáveis para as vítimas. Os ataques de ransomware visam todos os tipos de arquivos, desde pessoais até críticos para os negócios.

 

Após um ataque de ransomware, os hackers ou cibercriminosos responsáveis por ele entram em contato com as vítimas para apresentar exigências, prometendo desbloquear o computador ou descriptografar os arquivos depois do pagamento do resgate, geralmente em bitcoin ou outra criptomoeda.

 

Fonte: https://www.avast.com/pt-br/c-what-is-ransomware

 

Existem vários tipos de ransomware, mas os mais comuns são:

 

Criptografadores: cifram os arquivos do usuário com uma chave secreta e só a liberam mediante pagamento. Exemplos: CryptoLocker, WannaCry, Ryuk.

Bloqueadores: impedem o acesso ao sistema operacional ou a algumas funções do dispositivo. Exemplos: Reveton, FBI Moneypak, CovidLock.

Destruidores: apagam ou corrompem os arquivos do usuário sem possibilidade de recuperação. Exemplos: KillDisk, NotPetya.

 

O Código Penal define o crime de extorsão no Art. 158, conforme colaciono abaixo. Importante conhecer a redação para poder comentar e também para que as pessoas entendam.

 

Extorsão

 

Art. 158 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:

 

Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

 

  • 1º – Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.

 

  • 2º – Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.                     Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

 

  • 3o  Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.                  (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009)

 

Os ataques de ransomware são um tipo de ameaça cibernética que tem afetado empresas e organizações em todo o mundo, inclusive no Brasil. Esse tipo de ataque é capaz de bloquear o acesso aos dados e sistemas de uma empresa e exigir o pagamento de um resgate para liberá-los. Além dos prejuízos financeiros, os ataques de ransomware têm implicações legais significativas, e o Brasil possui leis específicas para lidar com esses crimes.

 

No Brasil, o Código Penal tipifica o ataque de ransomware como um crime de extorsão, com penas que variam de 4 a 10 anos de prisão.

 

A Lei Nº 12.737/2012, conhecida como Lei Carolina Dieckmann, é a principal lei relacionada à segurança cibernética no Brasil. Essa lei criminaliza a invasão de sistemas e a interceptação de dados, além de prever penas para esses crimes. O Marco Civil da Internet, Lei Nº 12.965/2014, também é uma lei importante para a segurança cibernética no Brasil, pois estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no país.

 

Em 2021, o Brasil enfrentou vários casos de ataques de ransomware. Um dos casos mais notáveis foi o ataque à JBS, uma das maiores empresas de processamento de carne do mundo. O ataque, que foi atribuído a um grupo de hackers russos, interrompeu as operações da empresa em vários países, incluindo o Brasil. A JBS pagou um resgate de US$ 11 milhões para recuperar o acesso aos seus sistemas.

 

Em 2021, o Brasil sofreu um dos maiores ataques de ransomware de sua história. A empresa de tecnologia SolarWinds foi vítima de um ataque em larga escala que afetou governos, empresas e organizações em todo o mundo, incluindo no Brasil. O ataque levou à divulgação de informações confidenciais de diversas empresas e organizações

 

Outro caso recente foi o ataque à Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), uma empresa que presta serviços de tecnologia da informação para o governo do estado. O ataque deixou os sistemas da empresa indisponíveis por vários dias, e os invasores exigiram um resgate para liberá-los. A empresa se recusou a pagar e optou por restaurar seus sistemas a partir de backups.

 

A jurisprudência em relação aos ataques de ransomware no Brasil ainda é incipiente, mas os tribunais têm sido rigorosos no tratamento de casos desse tipo. Em 2019, a Justiça de São Paulo condenou um hacker a seis anos de prisão por ter invadido o sistema de uma empresa e exigido um resgate em criptomoedas. Em 2021, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um suspeito de envolvimento em um ataque de ransomware a uma empresa de logística.

 

Em conclusão, os ataques de ransomware são uma ameaça séria à segurança cibernética no Brasil. As empresas devem implementar medidas de segurança adequadas para proteger seus sistemas e dados, além de estar cientes das implicações legais e das consequências do pagamento de resgates. As leis brasileiras relacionadas à segurança cibernética são uma ferramenta importante para combater esses crimes, e a jurisprudência em relação a esses casos está se desenvolvendo para garantir que os responsáveis sejam responsabilizados.

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